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QUEM ERA HAMBURGO?

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Hoje completa 30 anos do título mundial do Grêmio, confesso que não vi, sou mais novo, mas muitos que viram, principalmente colorados falam que o Hamburgo foi convidado, que eles nem ganharam a liga dos campeões, aproveitando essa data, fui pesquisar, e vou contar aqui no Torcedor Futebol clube a verdade.




De 1977 até 1982 somente clubes ingleses haviam vencido o principal torneio de clubes do planeta, Liverpool três vezes, Nottingham Forest duas e Aston Villa uma, o mundo se perguntava quem seria o time que iria acabar com a hegemonia dos ingleses no futebol.

O time que conseguiu acabar de vez com os alemães foi o Hamburgo, o mesmo Hamburgo que ganhou o bi campeonato alemão nas temporadas de 1981-1982 e 1982-1983, no mesmo ano que conquistou o bi, o Hamburgo venceu a Liga dos Campeões da Europa, em cima de nada mais nada menos da Juventus de Zoff, Gentile, Cabrini, Scirea, Tardelli, Paolo Rossi, Boniek e Platini,  time base que em 82 ganhou da seleção brasileira, que segundo muitos especialistas foi a melhor seleção de todos os tempos que era comandada por Falcão.



Alguns podem dizer que o Hamburgo foi um azarão, chegou com sorte até a final e conquistou com mais sorte ainda o título, mas eu digo para esses que pensam assim, que o Hamburgo não era um azarão! o mesmo Hamburgo já havia conquistado o título alemão no ano anterior e estava muito perto de conquistar o bi, e no torneio europeu o time do Hamburgo já havia chegado perto. Em 1980 o time chegou à final da Liga dos Campeões, eliminando na semifinal o poderoso Real Madrid com um sonoro 5 a 1 na partida de volta, na Alemanha, depois de derrota por 2 a 0 em Madrid. Com o talento de Magath e o matador Hrubesch, o time foi com moral e confiança para a decisão, mas sucumbiu diante do Nottingham Forest de Brian Clough, que levou o bicampeonato consecutivo com uma vitória magra por 1 a 0.


Mas para não ficar mais duvidas, vou contar um pouco da historia da liga dos campeões de 82/83:
Os comandados de Happel estrearam contra o rival local Dynamo Berlin, da Alemanha Oriental. Depois de empatar em 1 a 1 na partida de ida, o Hamburgo venceu a volta por 2 a 0, gols de Hartwig e Hrubesch. Nas oitavas de final, duas vitórias sobre o Olympiacos (GRE): 1 a 0 na Alemanha, gol de von Heesen, e 4 a 0 em pleno estádio Olímpico de Atenas, com 75 mil pessoas, que viram o show de Magath, Hrubesch, Rolff e Bastrup. Nas quartas de final, duelo contra o Dynamo Kyiv (URSS). Na primeira partida, em Kyiv, goleada do Hamburgo por 3 a 0, com um hat-trick de Balstrup. Na volta, a derrota por 2 a 1 não foi suficiente para eliminar os alemães, que chegaram à semifinal.

Curiosamente, os alemães enfrentaram mais um time espanhol, a exemplo de 1980, mas dessa vez a Real Sociedad. No primeiro jogo, na Espanha, empate em 1 a 1. Na volta, Jakobs e von Heesen deram a vitória suada por 2 a 1 para o Hamburgo, que chegou em sua segunda final europeia. O adversário, porém, seria dificílimo: a Juventus, base da seleção italiana tricampeã mundial no ano anterior.

A decisão, no estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, colocou frente a frente dois times de puro talento e que viviam fases maravilhosas. De um lado, o Hamburgo, campeão alemão e perto do bi naquele ano, com um time coeso e muito forte ofensivamente. Do outro, a experiente e copeira Juventus, com nada mais nada menos que seis craques que, em 1982, levaram a Itália ao tricampeonato mundial na Copa da Espanha, reforçados por Boniek e pelo astro Michel Platini. A equipe italiana, claro, era a favorita e tinha ampla maioria no estádio tomado por 75 mil pessoas. Mas ninguém esperava que a estrela maior do Hamburgo liquidasse a fatura logo com nove minutos de jogo, num chutaço de esquerda de fora da área, sem chance alguma para o veterano goleiro Dino Zoff: Hamburgo 1×0 Juventus. O jogo seguiu e o Hamburgo foi soberano na partida, perdendo muitos gols e dando um baile na Juventus, com Magath infernal. O resultado coroou o time alemão como o segundo de seu país a levantar o mais cobiçado troféu da Europa. De quebra, dava a quatro jogadores do time (Magath, Kaltz, Hieronymus e Hrubesch) a revanche de 1982, quando perderam a final da Copa para a Itália vestindo a camisa da Alemanha.



E chegou o dia 11/12/1983, o Hamburgo chegou como o grande favorito a levar o Mundial Interclubes contra o Grêmio, alguns dos jogadores alemães diziam que não conhecia nenhum jogador do time gaúcho.



Mas quem esperava um jogo fácil para os comandados de Happel viram os alemães levarem sufoco do time tricolor montado apenas para aquela partida, com a vinda de Mário Sérgio e Paulo César Caju, além da base campeã da América que tinha craques como De León, Tarciso e a estrela da final: Renato, ele mesmo, o Gaúcho. O ponta só não fez chover naquele jogo e abriu o placar para o Grêmio aos 37´do primeiro tempo, depois de entortar o defensor Schröder e contar com uma falha do goleiro Stein, que não fechou o ângulo na hora do chute do brasileiro. No segundo tempo, no finalzinho, o mesmo Schröder contou com o bate rebate na área e empatou para o Hamburgo. Na prorrogação, Renato, de novo, fez 2 a 1 para o Grêmio, resultado que persistiu até o final. O time brasileiro conquistou seu primeiro mundial, e o Hamburgo perdeu a chance de igualar a façanha de 1976 do rival Bayern München. Ali, terminava o auge e os tempos áureos do clube alemão.



Assim como terminou a hegemonio dos times ingleses, espero que agora acabe essa historia de querer diminuir o time Alemão, o título do Grêmio foi merecido, e jogou muito!

Parabéns Torcedor tricolor! 30 anos do título Mundial!









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